A tão aguardada urbanização da Orla Jovina Tojal começa a se tornar realidade no município de Brejo Grande. A obra, prevista no Contrato nº 48/2025, contempla a execução dos serviços da 1ª etapa de urbanização da orla, localizada em um dos pontos mais tradicionais da cidade.

O projeto teve início oficialmente no dia 16 de julho de 2025, com conclusão estimada para 10 de julho de 2026, segundo informações do portal oficial da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura de Sergipe (Sedurbi).

A empresa responsável pela execução do serviço é Josemberg Vieira da Silva, selecionada por meio de processo licitatório. Apesar de já constar como “em andamento”, até o momento nenhuma porcentagem financeira foi executada, o que indica que os trabalhos estão em fase inicial.

A obra promete revitalizar a área da orla, trazendo novo espaço de convivência para moradores e turistas, com foco em infraestrutura, paisagismo e lazer.

A Rádio Brejo Grande FM continuará acompanhando o andamento da obra e trará atualizações sobre cada etapa do projeto que visa valorizar ainda mais o município.

O Governo Federal, por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, anunciou a contratação de quase 8 mil novas unidades habitacionais voltadas para famílias de áreas rurais em 20 estados brasileiros. A medida visa beneficiar núcleos familiares com renda bruta anual de até R$ 40 mil.

No estado de Sergipe, o investimento garantirá a construção de 540 novas moradias, sendo Brejo Grande uma das cidades contempladas. O município receberá 61 unidades habitacionais, destinadas a famílias em situação de vulnerabilidade social.

A ação faz parte de um esforço do governo Lula para ampliar o acesso à moradia digna, especialmente no campo, promovendo cidadania e melhores condições de vida para a população rural.

Além de Brejo Grande, outras cidades sergipanas também foram contempladas. Confira a lista com a quantidade de unidades por município:

• Arauá – 50
• Brejo Grande – 61
• Capela – 96
• Carira – 50
• Cumbe – 50
• Lagarto – 50
• Nossa Senhora Aparecida – 50
• Pacatuba – 50
• Porto da Folha – 50
• Riachão do Dantas – 50
• Santa Luzia do Itanhi – 50
• Santana do São Francisco – 50
• São Domingos – 50
• São Miguel do Aleixo – 50
• Tobias Barreto – 44
• Umbaúba – 42

A Rádio Brejo Grande FM continuará acompanhando de perto a implantação dessas moradias no município e trará todas as informações sobre os próximos passos do projeto.

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Situado na região do Baixo São Francisco, o município de Brejo Grande carrega em sua origem uma das histórias mais marcantes do litoral sergipano. Terra de restingas, lagoas e apicuns, o local foi moldado não apenas por transformações geográficas, mas por episódios que remontam à colonização portuguesa, à luta política e à preservação cultural.

A ocupação inicial do território remonta ao século XVI, quando índios da etnia Tupinambá habitavam a Ilha de Paraúna, localizada à margem sul do Rio São Francisco. Em 1590, a Coroa Portuguesa doou a ilha a Antônio Cristóvão de Barros. À época, a região fazia parte da então Província de Pernambuco.

Com o tempo, a ocupação da ilha se intensificou. No início do século XIX, o comerciante português José Alves Tojal foi o responsável por uma intervenção geográfica decisiva: aterrou parte do canal que separava a Ilha de Paraúna do continente, integrando-a à margem sergipana e facilitando o povoamento.

Já em 1824, famílias oriundas de Alagoas, Pernambuco e Ceará começaram a se fixar na região. A instalação do povoado contou com apoio do Barão Bento de Melo, figura importante no processo de fundação e organização territorial.

Dois anos depois, em 1826, Brejo Grande protagonizou um dos primeiros episódios republicanos do Brasil: influenciados por ideais liberais vindos de Pernambuco, moradores locais organizaram um movimento em defesa da república. Apesar da repressão das autoridades imperiais, o episódio marcou a cidade como um centro de pensamento político à frente de seu tempo.

A elevação de Brejo Grande à categoria de município ocorreu apenas em 2 de outubro de 1926, quando foi desmembrado do território de Vila Nova (atual Neópolis). Na ocasião, passou a se chamar São Francisco, em alusão ao rio que margeia a cidade.

Em 1943, o município teve o nome alterado para Parapitinga, em conformidade com a política nacional de valorização de nomes de origem indígena. No entanto, em 1954, resgatando sua identidade histórica, o nome Brejo Grande foi oficialmente restabelecido.

Identidade geográfica e importância cultural

Localizado em uma área de formações arenosas, Brejo Grande é marcado por paisagens de dunas, áreas alagadiças e vegetação de restinga, compondo um dos ecossistemas mais sensíveis do litoral brasileiro. A proximidade com a foz do Rio São Francisco e o acesso ao Oceano Atlântico conferem à cidade papel estratégico tanto no turismo ecológico quanto na pesca artesanal.

Ao longo dos séculos, Brejo Grande construiu uma trajetória única, mesclando ancestralidade indígena, colonização portuguesa e transformações políticas. Hoje, o município preserva não apenas sua história, mas também tradições e modos de vida que resistem ao tempo.

Com uma população acolhedora e raízes profundas na história nordestina, Brejo Grande é símbolo de resistência, tradição e desenvolvimento no extremo leste de Sergipe.