Às margens do Rio São Francisco, no extremo norte de Sergipe, está Pacatuba, um município que carrega em seu nome a calma do interior e, em sua história, a força de um povo que construiu sua identidade com fé, trabalho e amor à terra.
Raízes históricas
A história de Pacatuba começa ainda no período colonial. A região era originalmente habitada por povos indígenas, especialmente os Tupinambás. Com a chegada dos colonizadores portugueses e a expansão das missões jesuítas, o território passou a ser ocupado e integrado à economia da capitania de Sergipe.
O nome “Pacatuba” tem origem indígena e pode ser traduzido como “ajuntamento de pacatos” ou “terra dos pacíficos”. A vila começou a se formar oficialmente no século XIX, tendo como base atividades como a pesca, agricultura e o extrativismo.
Em 1938, Pacatuba foi elevada à categoria de município. Desde então, vem construindo uma trajetória de resistência e preservação das suas tradições.
Belezas naturais e economia local
Pacatuba é cercada por paisagens exuberantes: rios, manguezais, campos e áreas de proteção ambiental. O destaque vai para a Foz do Rio São Francisco, que forma um cenário deslumbrante entre Sergipe e Alagoas — um verdadeiro convite ao turismo ecológico e de aventura.
A economia da cidade gira principalmente em torno da pesca artesanal, agricultura (com destaque para coco, mandioca e frutas tropicais) e da criação de animais. Com o avanço das políticas de valorização do turismo sustentável, Pacatuba vem sendo cada vez mais procurada por visitantes em busca de tranquilidade e contato com a natureza.
Cultura e povo acolhedor
Pacatuba também é forte na cultura popular. O município preserva festas religiosas, como a tradicional Festa de Nossa Senhora do Carmo, padroeira da cidade, além de manifestações como reisados, grupos de samba de coco e folguedos típicos do interior sergipano.
Com pouco mais de 14 mil habitantes, Pacatuba é um lugar onde o tempo parece passar devagar — um convite à contemplação, ao descanso e ao reencontro com as raízes do Brasil rural.
Pacatuba hoje
Hoje, a cidade busca crescer sem perder a essência. Projetos de educação, incentivo ao turismo e valorização dos saberes locais estão transformando a realidade da juventude pacatubense, sem deixar de lado a memória dos que ajudaram a construir essa terra com fé e simplicidade.
Visitar Pacatuba é mais do que conhecer um ponto no mapa: é sentir a alma do sertão misturada à brisa do Velho Chico.